
PRÉ-SAL - No encontro, disse Zimmermann, as autoridades brasileiras fizeram uma apresentação sobre a situação do setor de petróleo no país aos americanos, mas não entraram em detalhes sobre o novo marco regulatório do segmento. Como o tema ainda está em discussão pelo governo, ponderou o secretário, discuti-lo com os EUA seria uma "ingerência" nos assuntos internos do Brasil. "Foi uma apresentação sobre todo o aspecto, o setor de petróleo no Brasil como está hoje", comentou, lembrando que o tema de segurança energética é de responsabilidade de Jones, por isso o interesse do general na matéria. "Foi conversado em linhas gerais a estratégia brasileira para a parte energética."
A equipe ministerial que elabora o novo modelo do setor deve entregar uma proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira. Integrantes do Ministério de Minas e Energia também mostraram aos enviados americanos como o sistema elétrico interligado do país funciona, tema de interesse do governo dos EUA. Segundo o secretário, foi conversado ainda sobre a possibilidade da parceria executada por Brasil e EUA em países em desenvolvimento --atualmente focada na produção de etanol-- ser ampliada. "Há uma tendência também de aumentar essa parceria na parte de hidrelétricas", afirmou. Zimmermann assegurou que não constou da pauta da reunião a demanda do Brasil de ver reduzida as tarifas impostas pelos EUA para a importação do etanol nacional, assim como eventuais parcerias no segmento da energia nuclear. Jones se reunirá ainda com os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Dilma Rousseff (Casa Civil), o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, e o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Por Jussara Seixas
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