Atuação Mundial do Brasil - Lula e Obama juntos no G-20 contra a Europa

Em decorrência das enchentes e da tragédia que se abateu sobre o Nordeste, o presidente Lula cancelou sua ida à Toronto (Canadá) para a reunião do G-20 que começa neste final de semana. De qualquer forma, mantém a estratégia bem arquitetatada anteriormente e que será levada pela delegação brasileira ao encontro. Estamos aliados aos Estados Unidos na batalha contra o corte de gastos e a depressão dos investimentos desencadeada pelos países europeus.O presidentes brasileiro e o norteamericano, Barack Obama, acertaram uma posição comum: os dois países vão defender que a Europa adote estímulos aos investimentos e ao crescimento e reduza o aperto fiscal.

Uma posição contrária ao que pregam, por exemplo, Alemanha e Inglaterra, cujos planos de austeridade representarão a redução dos seus gastos públicos deste ano em 85 bi e 104 bi de euros respectivamente. Como vocês podem ver, com o posicionamento comum brasileiro e norteamericano, Lula e Obama mostram o quanto está errado - e cai por terra, portanto - um dos dogmas de nossa oposição tucana e da equipe do Banco Central (BC): o de cortar gastos e aumentar juros como instrumental para enfrentar o endividamento dos países e desequilíbrios em suas contas.

Essas medidas defendidas pelo PSDB e pela equipe do BC, aplicadas na Europa, levaram o Velho Continente a um efeito exatamente contrário do que queremos para o Brasil - à depressão econômica, deflação e aumento da divida, apesar do corte de benefícios sociais. Sim, corte, começando pela Previdência Social européia, e passando pelo dos salários e por aumento de impostos. A conclusão óbvia a que podemos chegar com esse exemplo, portanto, é de que a economia precisa de estímulos fiscais e de crédito, juros baixos, investimentos e reformas que aumentem a produtividade e a competitividade. Tudo ao contrário do que a oposição defende, porque somente o crescimento pode trazer mais arrecadação e redução líquida da dívida publica e da própria carga tributária.

Por Zé Dirceu

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